sábado, julho 02, 2005

Educação Social - BRASIL

Projetos do IBISS que atendem população de rua

Na RuaProjeto de acompanhamento de população de rua onde educadores sociais formados no IBISS aplicam a metodologia proposta pela entidade. Este projeto atua junto às populações das áreas da Lapa e do entorno do aeroporto Santos Dumont (Castelo).Curso de Formação de Educadores SociaisMinistrado pelo Espaço de Investigação e Pesquisa em Educação (Ipê), o curso qualifica a prática do educador em seu espaço de trabalho, além de promover a troca de experiências e conhecimentos. Através de discussões sobre violência, drogas e sexualidade, o curso amplia a percepção dos participantes para a realidade dinâmica da cidade. Educadores sociais formados pelo IBISS trabalham no projeto Na Rua, onde se aplica a metodologia do curso, com abordagem direta junto a meninos e meninas e moradores de rua em geral.Catadores da VidaTrabalho dirigido aos catadores de papel e lixo do centro da cidade do Rio de Janeiro. O projeto incentiva a auto-organização, a formação de cooperativa, o diagnóstico de DST, AIDS e tuberculose, além de oferecer assistência jurídica e social. Está entre os planos do projeto buscar parcerias, a fim de viabilizar mudanças nas condições de trabalho desse setor da população, bem como de saúde.Nosso PapelEsse projeto desenvolve atividades complementares ao Projeto Catadores da Vida, combatendo DST e AIDS entre o grupo de catadores de lixo e papel do centro do Rio de Janeiro. Entre as ações desenvolvidas está o contato direto com o grupo a fim de divulgar o uso de preservativos e equipamentos de segurança. O projeto também incentiva e facilita o aumento da escolaridade, o acesso à rede pública de saúde e a melhoria do ambiente de trabalho.Associação de Recicladores do Rio de JaneiroO IBISS apóia a Associação de Recicladores do Rio de Janeiro, que é a única, na cidade do Rio de Janeiro, com possibilidade de negociar livremente o produto de seu trabalho. O sistema de associação, diferentemente das já existentes cooperativas, permite que o catador seja remunerado em valores correspondentes àquilo que foi por ele recolhido e selecionado. Sereias da AtlânticaMulheres e travestis que "batalham" ao longo da Avenida Atlântica são o público alvo do projeto Sereias da Atlântica. Em visitas sistemáticas e regulares à área, uma equipe de educadores sociais distribui materiais informativos, preservativos masculinos e femininos e faz encaminhamentos aos serviços públicos de saúde. Também são realizados encontros de integração mensais e, a partir da demanda do grupo, são feitas oficinas periódicas sobre temas específicos, relacionados ao universo dessas pessoas. "Fortalecemos a idéia de grupo e de solidariedade para que elas consigam lutar juntas por seus direitos de cidadania", diz o coordenador do projeto, Roberto Pereira. Atendendo semanalmente cerca de 150 mulheres e 30 travestis, com uma idade média entre 19 e 30 anos, o Sereias da Atlântica procura diminuir a vulnerabilidade de seu público alvo frente aos riscos das DST, da AIDS e da violência, melhorando, assim, a qualidade de vida dessa população.Na Boca da NoiteO projeto Na Boca da Noite, implantado em 2001, é direcionado às mulheres profissionais do sexo que atuam nas ruas da área central do município de Niterói/ RJ. Com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde/RJ e da Fundação Municipal de Saúde de Niterói/RJ, o projeto parte de uma abordagem direta, feita pela equipe de agentes de saúde, nas áreas de maior concentração das profissionais (Praça São João, Antiga Rodoviária e arredores da Prefeitura), através de quatro plantões de rua semanais. A partir da relação de vínculo criada nestas abordagens, onde as mulheres recebem informações básicas sobre saúde preventiva, materiais educativos e preservativos, elas são convidadas a participar de outras atividades do projeto como oficinas de formação de multiplicadoras e oficinas de sexo mais seguro. O projeto também propicia, através dos encontros de integração, um espaço privilegiado para a formação e consolidação de relações mais solidárias e afetivas entre o grupo. Hoje, são atendidas semanalmente cerca de 90 mulheres, com idades entre 25 e 65 anos. "A nossa principal idéia é que, incentivando a sua organização e autonomia na luta e defesa de seus direitos, essas mulheres consigam fortalecer sua auto-estima e o conceito de cidadania", explica o coordenador do projeto, Roberto Pereira.Projeto ProgramaDesde 1992, o Projeto Programa desenvolve ações sócio-educativas e de saúde preventiva junto a grupos de homens de baixa renda, entre 12 e 25 anos, que têm na prostituição de rua uma estratégia de sobrevivência. Constantemente, este pequeno contingente de indivíduos é alvo de forte preconceito e discriminação social, inclusive por parte do poder público que não os reconhece como um grupo com vulnerabilidades e carências na área da saúde, educação e direitos civis. "Entendemos que a reversão desse quadro de exclusão social depende do fortalecimento e da organização desses grupos na luta por seus direitos enquanto indivíduos e cidadãos", explica o coordenador do projeto, Carlos Basilia. Por mês, cerca de 250 jovens são atendidos pelo Projeto Programa que, em dois plantões de rua semanais, distribui material informativo e preservativos, dá orientações gerais sobre saúde preventiva e faz encaminhamentos a postos de saúde e centros de defesa. A atuação do projeto é focalizada nas regiões de maior concentração dessa população, especialmente nas ruas e praças do Centro, de Copacabana e na Quinta da Boa Vista, e, eventualmente, clientes, garçons, ambulantes e outros freqüentadores destas áreas também são atendidos pelo Projeto Programa.Saúde RodandoSaúde Rodando consiste em um atendimento móvel de saúde preventiva em pontos de concentração de meninos de rua. O projeto é complementar ao trabalho desenvolvido nas ruas e prevê visitas de um pediatra, um médico clínico geral e um ginecologista para realizar primeiros socorros, pequenos curativos, diagnósticos preliminares, encaminhamentos e acompanhamentos, além de oferecer treinamento para educadores de rua na área social.Associação Beneficente de Santa ClaraCerca de 60 ex-menores de rua vivem na casa da Associação Beneficente de Santa Clara, onde é desenvolvido um programa intensivo de educação formal, reforço escolar, oficinas de computação, aula de cultura brasileira e ecologia. A associação investe no retorno à família e na preparação para a vida autônoma, além de oferecer informações e orientações sobre planejamento familiar. Ainda assim, os jovens que continuam morando na casa são acompanhados até seu ingresso na universidade.Combate à tuberculose entre a população de ruaEste projeto atua com o reconhecimento precoce e com o tratamento da tuberculose entre a população de rua da cidade do Rio de Janeiro. O contato é iniciado com uma abordagem na rua e segue com o treinamento dos educadores em reconhecimento precoce, diagnóstico em um dos centros de referência, encaminhamento e acompanhamento dos casos da tuberculose contagiosa, com acompanhamento da medicação na rua e acolhimento temporário em projeto complementar.O IBISS integra a secretaria executiva do Fórum das ONGs que combatem a tuberculose no estado do Rio de Janeiro.

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Janeiro – 2003 – Nº1

INFORMALAT


Boletim Informativo do
International associatión of social educators
Association internationale des educateurs sociaux
Associação internacional de educadores sociaisEscritório da Área Latino-americana da Associação Internacional de Educadores Sociais (AIEJI)




A AIEJI no mundo
Site http//aieji.free.fr


A AIEJI NA América Latina
O número de sócios cadastrados tem crescido significativamente nos últimos anos na América Latina; contudo, até hoje não foi possível conformar uma rede de Associações de Educadores Sociais, Centros de Formação, pessoas físicas, sócios ou amigos da educação social, que estabeleçam contatos periódicos, trocas de experiências e de informações, no intuito de serem fortalecidas as estratégias de intervenção nos respectivos países.
Consequentemente, assumindo a responsabilidade do Escritório da Área Latino-americana neste novo período, é o nosso objetivo promover a comunicação entre todos aqueles que estiverem trabalhando naquilo que acordamos em chamar "educação social", no entendimento de que o mesmo conceito vem adotando denominações diferentes.

RedE de ADESÕES À educação social da América-Latina
Propomo-nos, então, abrir um registro de todos aqueles que estiverem interessados em receber informação sobre a AIEJI no mundo e na região, sem qualquer ônus para os cadastrados. .
Visamos especialmente às Associações de Educadores Sociais, e de Educadores em geral independentemente da denominação que tenham adotado, Centros de Formação de Educadores Sociais e Educadores, Universidades, e pessoas físicas, que estiverem trabalhando na região e desejem receber informação sobre projetos e experiências.
Aqueles que estiverem interessados, favor entrar em contato com o Escritório da Área Latino-americana da AIEJI no site aiejilatinoamer@adinet.com.uy para cadastrar-se na rede.

XVI CongresSo Mundial da AIEJI –
Montevidéu, Uruguai - novembro 2005.

Tal como ficou resolvido nas instâncias da organização internacional, Assembléia Geral de Barcelona 2001, e nas reuniões posteriores de seu Comitê Executivo, será realizado em Montevidéu, Uruguai no mês de Novembro de 2005, o próximo Congresso Mundial que reunirá educadores sociais e formadores do mundo inteiro.
Pela primeira vez na historia da organização, um Congresso Mundial será realizado na América Latina, colocando-nos perante um grande desafio que pode vir a se transformar numa oportunidade muito interessante.
Foi constituído um Secretariado Executivo (de um Comitê Organizador em vias de conformação) que já começou os preparativos da organização do evento mundial, integrado por :
Asociación de Educadores Sociales del Uruguay - ADESU adesu@adinet.com.uy
Grupo del Sur - Colectivo de Educadores gtdelsur@elsitio.com
Cenfores – (Centro de Formação e Estudos do INAME) cenfores@adinet.com.uy

Reunião do ComitÊ Executivo - Montevidéu - novembro 2002
O Comitê Executivo da AIEJI, integrado por representantes dos Estados Unidos, Israel, Alemanha, Dinamarca, Suíça, França, Espanha, Bélgica, Itália, Rep. do Congo, Autoridade Palestina e do Uruguai, reuniu-se em Montevidéu de 10 a 13 de Novembro de 2002, tomando contato com a realidade política, econômica, social e cultural do país, e da região, e acompanhou 6º Encontro Nacional de Educadores e Educadores Sociais do Uruguai, realizado de 13 a 15 de Novembro, que contou com a presença de mais de 400 participantes, como reafirmação de vontades, apesar das adversas condições econômicas e sociais.

Foro Mundial da Educação - Porto Alegre - janeiro 2003.
A Associação Internacional de Educadores Sociais (AIEJI) compareceu oficialmente ao Foro Mundial da Educação realizado em Porto Alegre, Brasil em Janeiro de 2003, no entendimento de que o mesmo constitui uma instância fundamental no processo de construção de uma alternativa para a vida social e cotidiana dos povos do mundo onde os educadores podemos desempenhar um papel relevante.
Há muito tempo que na América Latina existem experiências, projetos e educadores que vêm realizando esforços muito significativos.
A presente proposta deve ser interpretada com uma perspectiva de intercâmbio e de compromisso de somar vontades, objetivando melhorar a vida social da população, porque a educação constitui um dos direitos básicos dos seres humanos.