quinta-feira, agosto 11, 2005

CONGRESSO 8 Outubro 2004


Nestes últimos anos tem - se falado muito em cidadania e democracia social, mas cada vez mais assistimos e existimos a mundo em colapso, sem este tipo de características.

A cada momento desenvolve-se mais exclusão social, reconhecem-se diversos problemas e lacunas sociais, realidades que pedem respostas, acções políticas de intervenção que ajudem a integrar e reintegrar socialmente o Ser Humano que se encontra excluído, maior parte das vezes devido a um co-emprego precário ou a um desemprego.

A democracia política? Ouve-se mas não se sente.

A exclusão social é uma fase extrema de um processo de marginalização, ou percurso descendente ao longo do qual se dão várias e seguidas rupturas na relação que o indivíduo tem com a sua sociedade. A ruptura do indivíduo com o mercado de um trabalho, conduz multidões ao desemprego prolongado.

A fase extrema da exclusão social, de acordo com Alfredo Bruto da Costa, dá-se não só pela ruptura deste com o mercado de trabalho, mas também com as rupturas familiares e sociais que se seguem e ficam afectadas devido à ruptura com o primeiro.

Em Portugal, as políticas de intervenção social aprofundam cada vez mais as injustiças e desigualdades sociais entre o seu povo, agravando assim consequentemente a qualidade de vida, diminuindo o emprego, o investimento financeiro dos investidores estrangeiros e nacionais, aumentando as dificuldades sociais e económicas.


A desqualificação e precarização do emprego fomenta o aumento do desemprego, é necessário apostar urgentemente em reestruturações sociais, onde se formem pessoas, mas onde também se aumente as saídas profissionais e se paguem salários justos às funções que são desempenhadas. Sim, porque num pais, como Portugal, onde se pede aos jovens para apostarem cada vez mais em formações superiores, porque temos um baixo nível de instrução no que concerne à União Europeia, mas que depois não dá saídas profissionais ou paga salários desenquadrados e abaixo da função desempenhada.

Encontramo-nos cada vez mais num completo desajusto económico social, mais em alguns distritos do que noutros, com um forte incentivo ao desaparecimento industrial e comercial, onde ganham terreno os novos países da União Europeia para onde se deslocam cada vez mais empresários, ate hoje inseridos em Portugal. Ora com as taxas e os impostos que pagamos, realmente não vale a pena, porque não compensa mesmo nada investir, ou melhor continuar a investir numa banca rota como é Portugal. Não pode haver melhores salários, nem combate ao desemprego, se não tivermos industria e comercio, não podemos ser um pais só de serviços, como cada vez mais se pode constatar. Estamos de novo a regredir em vez de evoluir.

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